A Unimed-Rio fechou o ano com resultado líquido de R$ 158 milhões, mais do que duplicando o valor alcançado em 2019, quando registrou sobras de R$ 68 milhões. O valor é um recorde na história da cooperativa. A receita, em 2020, totalizou R$ 4,8 bilhões, um aumento de R$ 315 milhões em relação a 2019.
A pandemia impactou diretamente os resultados financeiros da Unimed-Rio em 2020. Os valores foram influenciados por dois fatores. O primeiro é referente à menor utilização da rede pelos clientes. Por conta da Covid-19, cirurgias e exames eletivos foram suspensos temporariamente, tanto na rede própria como na rede credenciada, contribuindo para uma despesa assistencial menor, que passou de R$ 3,7 bilhões em 2019 para R$ 3,5 bilhões em 2020. Com isso, o índice de sinistralidade (relação entre custo assistencial e receita líquida), que determina parte relevante do resultado da operadora, ficou em 72%.
O segundo se refere à obrigatoriedade de registrar, em 2020, receitas que foram suspensas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. A ANS suspendeu, em 2020, a aplicação dos reajustes de planos de saúde por variação de custos (anual) e por mudança de faixa etária, no período de setembro a dezembro. Os valores foram cobrados dos clientes a partir de janeiro de 2021, mas a receita referente ao reajuste foi registrada contabilmente em 2020, conforme orientação da agência reguladora. A regra vale para todo o mercado.